Ministério da Cultura vai habilitar entidades para recolher direitos autorais

O Ministério da Cultura (MinC) vai concluir, em até 90 dias, a habilitação das entidades profissionais de autores, atores e atrizes que vão atuar no recolhimento de direitos autorais dessas categorias sobre obras audiovisuais. Afirmou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, na tarde desta quarta-feira (20).

Esse processo é aguardado desde 2013, quando foi feita uma revisão, pelo Congresso Nacional, da Lei do Direito Autoral, que culminou na aprovação da Lei 12.853, que dispõe sobre a gestão coletiva dos direitos autorais.

“Esse é um direito assegurado em lei, o que aconteceu é que isso nunca foi efetivado, o que caracteriza uma injustiça com os detentores de direitos autorais”, disse Sá Leitão. Além de entidades profissionais ligadas a atores, atrizes e autores de obras audiovisuais, o ministério vai habilitar organizações vinculadas a diretores e roteiristas do segmento.

A regra conferiu ao Ministério da Cultura o papel de fiscalizador da arrecadação desses direitos, prática regulamentada por decreto em 2015. Desde então, o MinC só havia concluído a habilitação das entidades que atuam no recolhimento de direitos autorais do segmento musical.

Sá Leitão explicou que na primeira etapa será feita uma análise jurídica das entidades a serem habilitadas, seguida de uma consulta pública com duração de 30 dias, finalizando com a apresentação de documentos e outras exigências formais do processo.

Em 2017, foram recolhidos mais de R$ 1,2 bilhão em direitos autorais de autores e intérpretes de obras musicais, distribuídos entre 254 mil agentes do setor. Sá Leitão diz que não é possível fazer projeções sobre o quanto o setor audiovisual poderá recolher, mas que trará impactos positivos para o desenvolvimento da economia criativa brasileira, que responde atualmente por 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos os bens e serviços produzidos no país). Ele disse ainda que o ministério poderá atuar como mediador entre as entidades arrecadadoras e as que deverão pagar os direitos, de forma que isso não “atrapalhe” o desenvolvimento do setor.

Com informações da Agência Brasil.

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