Cheganças, Marujadas e Embaixadas celebram a Patrimonialização em Saubara

VII encontro reúne grupos de diversos territórios do estado em grande festa cultural

Em clima de festa, Saubara foi sede do VII Encontro de Cheganças, Marujadas e Embaixadas, manifestações populares que foram reconhecidas como patrimônio cultural imaterial do estado. No encontro, 17 grupos oriundos de municípios baianos celebraram o reconhecimento da patrimonialização. O evento contou com o apoio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), órgão vinculado à Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA).

No primeiro dia da programação a cidade foi tomada pela chegada dos grupos, que após a recepção, participaram no início da noite de uma breve reunião entre as lideranças de diversos territórios baianos, além de grupos visitantes como a Chegança Girassol da cidade de Pão de Açúcar em Alagoas e a Marujada Santa Cruz de Itabaiana no estado do Sergipe.

Durante a reunião, foi exibido um documentário que aborda o levantamento dos grupos existentes na Bahia através de um mapeamento realizado pela Associação Fragata Brasileira de Saubara, sob a coordenação de Rosildo do Rosário. O documentário também destacou histórias, características, diferenças e semelhanças entre os grupos em cada cidade. Rosildo também destacou que em 2018, visitou 16 cidades da Bahia, 8 territórios e constatou a existência de pelo menos 20 grupos de Cheganças, Marujadas e Embaixadas em atividade.

O segundo dia do evento ocorreu no sábado (3), pela manhã com a mesa de debate: “O que é a patrimonialização e para que serve?’’ Compuseram a mesa autoridades e representantes de diversos órgãos. Ainda pela manhã foi concedido pelos representantes do IPAC o certificado de reconhecimento pelo patrimônio. A programação do sábado prosseguiu no período da tarde com desfiles pelas ruas da cidade.

No domingo (4), a Fragata Brasileira e a Marujada Feminina de Saubara saudaram o padroeiro da cidade, São Domingos de Gusmão em uma missa solene celebrada às 10h da manhã, pelo Bispo Dom Antônio Tourinho. Encerrando a programação as Marujadas saíram da igreja em cortejo juntamente com a Filarmônica São Domingos.

Patrimonialização – Em 2018, o Conselho Estadual de Cultura encaminhou um parecer para solicitação do registro da manifestação como patrimônio, também por solicitação feita pela Associação Fragata Brasileira ao IPAC, que foi responsável pela realização do estudo e dossiê. Em 2019, o Decreto nº 18.905 de 11 de fevereiro, reconhece e registra a manifestação no Livro Especial de Expressões Lúdicas e Artísticas, como patrimônio cultural imaterial do estado.

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