Hospital Cárdio Pulmonar estreia visita de pets a pacientes

Após seguir protocolo, a cadelinha da estudante internada Maria Isabel inaugurou o procedimento

A visita da cadelinha Pipoca fez toda a diferença para a estudante universitária Maria Isabel Ruff, 21 anos, que ficou internada por mais de 30 dias para um tratamento à base de antibioticoterapia venosa. A cadelinha, que saiu de Arembepe, foi a estreante do Protocolo para Visitas de Animais Domésticos a Pacientes Internados do Hospital Cárdio Pulmonar (HCP).

“Desde que a adotei, tenho uma relação de muito amor com ela (Pipoca). Sem dúvidas, levantou meu astral”, descreveu Maria emocionada com a concretização de um desejo que nutria a partir da leitura de matérias sobre o potencial terapêutico dessa prática.

A gerente de Hospitalidade do HCP, Bárbara Reis, comemorou o início do programa e disse que a visita da cadelinha integra o plano de humanização e foi viabilizada pelo Time de Hospitalidade. “Avaliamos todas as ações que podem ser feitas para garantir maior sensação de bem-estar a cada paciente, sobretudo os que passam por longos períodos de internação”, disse Bárbara.

Protocolo

Segundo o coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HCP, o infectologista Alan Neves, depois de vários estudos, foi montado o protocolo que padroniza condutas para visita de animais domésticos a pacientes internados.

“Diante dos benefícios, a visita de animais a pacientes hospitalizados pode ser considerada uma intervenção terapêutica e contribui para a recuperação e o bem-estar. No entanto, é preciso nos cercarmos de cuidados para que os animais não sejam vetores de patógenos potenciais para humanos”, salienta Neves.

Entre os itens de avaliação do paciente, que precisa ter o aval de toda a equipe de assistência, o animal também deve obedecer a critérios para que tenha a entrada liberada, a exemplo de estar com vacinas em dia, ter tomado banho, ter comportamento adequado, não ter lesões de pele e ter idade mínima de um ano, entre outras.

Ainda segundo o especialista, além do animal do próprio paciente, o protocolo do HCP prevê também a visita de cães que são treinados e integram um programa de Terapia Assistida por Animal (TAA). Os condutores desses animais também são treinados para realizar o melhor e mais seguro encontro entre os animais e os pacientes da instituição.

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